logo no segundo dia do ano. quando menos esperava. ia para o cinema.
fui ao cinema.
fui ver o "diario de uma criada de quarto", baseado no livro com o mesmo titulo que li ha 20 anos, na ediçao da minerva, e que adorei. procurei-o na estante. abri-o na primeira pagina e vi que me custou 500$. nao me recordava da historia, mas lembrava-me que era um livro com uma carga erotica considerável que nao encontrei no filme, em nenhum momento. fui ao cinema à hora de jantar e, quando sai, apeteceu-me caminhar. desci a avenida fontes pereira de melo a pé. estava praticamente deserta, cruzei-me com algumas pessoas que fotografavam as fachadas dos prédios devolutos. street art by night. antes de chegar ao marquês virei à direita e esperei pelo autocarro. à noite, os restaurantes e hoteis vêem-se melhor por causa das tabuletas luminosas, ha muitas coisas que nao conhecia. enquanto esperava olhava para as letras da estaçao de metro do parque. lembrei-me do pavilhao carlos lopes, nas traseiras, e pensei como é possivel aquela sala estar inutilizada, abandonada. um dos concertos mais memoraveis da minha vida foi ali. o autocarro trouxe-me de volta à realidade. parou. estava vazio.
eu também.
* *
1 comentário:
<3
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