cela me rassure d'avoir la confirmation qu'il est des choses qui demeurent intactes * philippe besson

one of the secrets of a happy life is continuous small treats * iris murdoch

it's a relief sometimes to be able to talk without having to explain oneself, isn't it? * isobel crawley * downtown abbey

carpe diem. seize the day, boys. make your lives extraordinary * dead poets society

a luz que toca lisboa é uma luz que faz acender qualquer coisa dentro de nos * mia couto





12.11.12

are you a cat person?




estou de regresso aos alpes. cheguei ontem à noite a casa depois de umas férias de três semanas que parece que duraram muito tempo. às vezes tenho o espirito tao longe daqui que penso que quando chegar tudo me vai parecer novo, mas a verdade é que tudo esta exactamente como quando me fui embora.

quando regresso a primeira coisa que quero é ver a sidonie que ficou por ca, pelos prados. é estranho porque a sidonie é e nao é a minha gata. 
é, porque vem todos os dias comer ca a casa, porque passa dias inteiros comigo e longa noites deitada no sofa em cima de mim ou ao meu lado.
nao é, porque ela nao quer estar sempre em casa. porque gosta de caçar e apanhar sol na relva, porque gosta de estender-se nas escadas em frente à minha porta, porque pede para sair de casa e às vezes so volta do dia seguinte, porque nao conhece a areia para  fazer as necessidades, a nao ser a areia da rua, porque nunca a levei ao veterinario. 

estacionamos o carro e nada de sidonie. sempre que volto penso que ela tera pensado que a abandonamos e foi para outra casa. tiramos as malas do carro, começamos a pousar as coisas em casa, jantamos e depois do jantar ponho um prato de comida la fora e poucos minutos depois ja esta vazio. mas nem sinal dela, talvez tenha sido outro gato. entao abro a porta e de repente vejo-a descer a toda a velocidade, entrar em casa a correr, continuar a comer nos pratinhos que também pus dentro de casa. fico tao feliz e venho deitar-me no sofa e entao ela vem num fogo de artificio de ronrons e a roçar a cabeça em mim e depois para o colo no n. e depois volta a mim, isto durante meia hora. que festa. que felicidada de nos ver. nunca a tinha visto assim. tantos mimos e depois ela começou a ficar mais calma. enrolou-se e adormecer contra a minha barriga.

ja disse isto imensas vezes: nunca fui uma cat person até conhecer a sidonie e hoje estou completamente apaixonada por ela. no dia em que dixarmos esta casa nao sei o que vai acontecer porque ela sempre viveu aqui, nos prados, na brisa, na verdura do verao e na brancura do inverno. nunca ficou em casa sozinha e o n. diz-me que se eu a levasse comigo para um apartamento ela seria imensamente infeliz. 
durante as férias, passeava eu no centro comercial fonte nova quando parei em frente à loja dos animais e vi "uma sidonie" bébé na montra. entrei e perguntei que tipo de gato era. o senhor respondeu-me que era um gato europeu. entao conversamos um pouco e eu coloquei-lhe todas as minhas duvidas de pôr um gato selvagem a viver num apartamento e ele disse-me que esses gatos nao se dao bem fechados e que normalmente se tornam agressivos e começam a estragar as coisas. parece que tenho que me convencer de que no dia em que mudarmos de casa nunca mais vou ver a sidonie e isso deixa-me tao triste.

e desse lado, das pessoas que têm gatos, alguém ja teve uma experiência semelhante? acham que um gato selvagem seria infeliz a viver fechado num apartamento?

9 comentários:

Anónimo disse...

Linda estória a da Sidonie!
Acredite J., que todos os gatos, mesmo os "selvagens" se habituam a uma casa.
Isso de gatos "selvagens" bão conseguirem ficar fechados em casa é treta. E a prova disso é que a Sidonie, apesar das suas saídas de casa, volta sempre àquele que é o seu lar.
Digo-lhe isto com a experiência de já muitos/as gatos/as "selvagens" que me passaram pelas mãos.
Triste seria se, no dia em que abandonar essa casa, deixar a Sidonie para trás... pois os gatos também ficam tristes (quando se dão mudanças nas suas vidas, ou ficam longe dos donos e dos hábitos que tinham) e acabam por deixar de comer... vindo a falecer.
Espero tê-la ajudado.

rosa disse...

Não. Um gato "semi selvagem" nunca será feliz fechado, mesmo que junto de pessoas que gostem dele e de quem ele goste. É como um pardal, não pode viver em gaiolas. Pode não morrer fisicamente, mas morre o espírito. Também há pessoas assim...
Já agora, o gato europeu comum é o riscado, tipo tigre. A Sidonie é um gato pêlo de tartaruga. E é linda!

Isa Maria disse...

em pequna tivemos um gato, o cocas, e era um gato que nasceu no nosso quintal. Dormia no fundo da nossa cama, comia em casa, mas passava os dias ou em casa ou fora dela, em plena liberdade de ir para onde queria. Por isso não sei se ele se daria fechado num apartamento. Não faço a mínima ideia se seria feliz ou infeliz.
Não ajudei mas é esta a minha história com gatos.
Fique bem e virei por aqui mais vezes.

isabel
também por aqui
www.tretasnofeminino.blogspot.com

Anónimo disse...

I'm a cat lover :) e a Sidonie é linda!
Eu também acho que a Sidonie não seria feliz num apartamento. Pelo menos durante uns tempos. Os gatos, como as pessoas, acabam por se adaptar. O que não quer dizer que estejam felizes. E é verdade, nos gatos a infelicidade, a doença, pode trazer comportamentos agressivos. A Nônô tem 15 anos e há 2 que tem um problema hepático. Sempre antes da doença se manifestar, ela fica chata, insuportável, com um miar de sirene constante que não se percebe porquê, mais arisca.
Quando era pequena ía comigo para a casa da fonte da telha, para a casa dos meus pais, dos meus sogros, etc e não estranhava. Agora seria impensável, o seu espaço é sagrado e ela fica num estado de ansiedade a raiar a loucura se tem de sair. Por outro lado a idade tornou-a mais mimalhada, mais chegada e carente.
Nas férias costumava deixá-la na casa da minha mãe, mas tornou-se inviável porque a Nônô sofria imenso, não comia e parecia um bicho feroz.
Agora fica sózinha cá em casa, vem a minha mãe e amigos dar-lhe comida e água e mudar a areia. Já chegou a estar 5 dias sózinha e todos me dizem que parece bem, feliz, que nem lhes liga quando cá vêm. A vizinhança também diz que nunca a ouviu miar.
Claro que quando regresso é como descreves e eu a acho sempre mais magra. Mas as saudades demoram 2 horas a matar :) depois volta às rotinas dela.
É difícil, compreendo.
Que idade tem a Simonie? Se for jovem talvez valha a pena tentar levá-la.
E outra casa por perto que lhe vá pondo um prato de comida à porta?

Anónimo disse...

Tantos entendidos em gatos, sim senhora!
E quantos gatos ditos "selvagens" já tiveram em vossas casas?

E com tanta sapiência, não perceberam ainda que, pelos comportamentos da Sidonie, ela não é sequer "selvagem"?!

Quando a J. sair dessa casa e lá deixar a Sidonie, é que eu quero ver como vai ser.
Pobre animal!
Mais valia então, J., que nunca tivesse sequer deixado a gata entrar em sua casa. Pelo menos assim, o animal não se viria a ressentir, caso isso suceda.

Carla R. disse...

Vivo num apartamento e um dos meus vizinhos "tem" um gato que passa o dia na rua e à noite entra em casa. Tudo tem solução, quando se procura.
;)

Anónimo disse...

olha um wild cat anónimo!
raça conhecida pela cobardia...

PimpinelaRose disse...

O "wild cat anónimo" chama-se Patrícia Rosa, sou eu. E de cobarde nada tenho!

Peço desculpa à autora deste blog pelos meus 2 comentários terem ficado anónimos, mas não sabia como os colocar doutra forma.

Cumprimentos,
Patrícia Rosa (de Rosário)

Anónimo disse...

Pronto, não é cobarde Patrícia Rosa (de Rosário). Mas é amarguinha, não é? E sente necessidade de largar o seu fel em casa alheia... o seu comentário era desnecessário Patrícia Rosa (de Rosário).