ontem acordei cedo. tinha um compromisso marcado e sai de casa pela manha. foi um compromisso longo e tinha planeado de vespera tirar o dia seguinte para mim. tomei o pequeno almoço, voltei ao metro e fui em direcçao ao chiado. o dia estava lindo, azul. este inverno parece uma primavera antecipada. ca fora, em frente à boca do metro baixa-chiado, do lado da brasileira, arranjei um lugar ao sol para falar com o meu amigo pl. estava virada na direcçao do teatro s. carlos e, ao fundo da rua, onde os dois prédios quase se beijam estava o tejo. mas se eu nao soubesse que era ele, nao conseguia ter a certeza, porque nao se via a agua, via-se uma luz enome brilhante, quase ofuscante, que entrava pela rua adentro e me cegava os olhos. ah! lisboa. suspiro por ti. ha que tempos nao estavamos assim as duas, sozinhas, tao perto. entrei na sacolinha para comer uma bola de berlim com leite consendado. acabei por comer duas. eram miniaturas, que o leitor nao se assuste. depois fui aos saldos. nao me canso de dizer que ha realmente o que aproveitar aqui. 10 anos nos alpes e os saldos eram tao maus e tao fraquinhos… ou, se calhar, eu é que era outra. de blasers com ombros de rainhas, a toilettes com ar de anos 70, a pulseiras indianas (garantiu-me o senhor que tinham sido feitas na india e que o verde esmeralda nao saia), passando pelos postais de lisboa, aos presentes para os meus dois amores, andei por ai com as maos cheias de sacos, eles cheios de oportunidades. tive olho. de metro para ca e para la. a meio da tarde apeteceu-me comer uma bifana de vendas novas e uma sopa de peixe e sentei-me um bocadinho. depois fui descendo do saldanha a picoas, do marquês ao rossio onde abracei os meus amores que tinham ido passear para aqueles lados. dei a volta. atravessamos a cidade juntos em direcçao ao rio e, lisboa esperava por nos assim. linda. luminosa. grandiosa.
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