diz o povo que, nas familias, quando nasce uma pessoa ha outra que desaparece. este mês, morreu a minha tia-avo. poucos dias depois da m. ter nascido. morreu sem que nada o fizesse prever, no dia dos anos do n. tinha 90 anos. sobre a minha tia avo ja falei aqui pelo menos duas vezes, uma sobre a sua paixao por lisboa e sobre os seus passeios nunca sem uma pequena pausa para beber uma ginja, falei sobre ela frequentar os clubes de fado de campolide, bairro onde nasceu e viveu toda a sua vida e depois contei a historia da old england, onde ela trabalhou como costureira a fazer casacos, e sobre os militares andarem fardados com modelitos feitos pelas suas maos e pelas maos da minha avo. uma mulher do exercito portanto, com um coraçao grande e um grande gosto pela vida. antes de ir, nao teve tempo de conhecer a m., mas fez questao de comprar-lhe estas botinhas, sem saber que ela era uma rapariga dos alpes. eu adorei-as e adorei esta coincidência inocente.
portanto fica aqui um grande beijinho cheio de carinho para a minha tia-avo, mulher de garras e de sorrisos, de colares e de chapeus, de fado e de lisboa que gostava de escrever o seu nome com dois t's.
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