queríamos experimentar a esplanada clara clara, no jardim que fica no centro da feira da ladra, mas nem uma mesa vazia para podermos sentar-nos. ja aqui nao vinha ha tanto tempo… e este lugar em dias de nao-feira é tao diferente, tao silencioso, tao tranquilo para passear. o panteao, majestoso, olha por nos e para nos. eu olho para o varadim e vejo as pessoas pequeninas la em cima. este lugar, um dos meus preferidos de lisboa, tem uma vista magnifica. ao longe o tejo. os barcos avançam ao ritmo deste domingo e, à nossa volta, so historia, casas antigas com cores bonitas, casas esquecidas, portas velhas que escondem lugares maravilhosos, tenho a certeza. e o mercado silencioso. quem nao souber que às terças e sabados ha velharias e multidao aqui, nem sequer desconfia que a feira toma conta deste espaço.
na esplanada ninguem dava indicios de querer abandonar o assento e muito menos a vista, por isso, fomos para outro lado. um lugar vazio fez-nos estacionar ao pé do café do monte, onde bebemos dois cafés acompanhados de uma tarte tatin. conversamos e regressamos a casa.
saber que se tem tempo pela frente faz com que a urgencia de descansar possa ser adiada. tinha saudades de fins-de-semana assim. cada vez mais me convenço da profunda injustiça que é trabalhar cinco dias e descansar apenas dois.
2 comentários:
Podia ter escrito cada uma destas palavras (à excepção do estacionamento e outros pormenores técnicos - felizmente posso ir a pé de casa até esses sítios), tal é a identificação. Ainda ontem comentava com o Samuel como a ideia de uma casa com quintal junto ao panteão não me sai do pensamento.
muitas vezes olhei para aquelas casinhas baixas ao lado do panteao e pensei como seria viver ali, junto a este lugar cheio de luz (em sentido real e figurado) :)
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