… veio a saudade, com katy song…
nos alpes, passei tanto tempo em casa a ouvir musica que o meu coraçao quase que tirou uma fotografia a cada acorde de centenas de musicas diferentes. e aqui deitada no sofa, com os red house painters, lembrei-me das manhas silenciosas e luminosas de inverno. em frente à porta-janela da sala, enorme, as montanhas majestosas, o imenso céu azul, uma a claridade exacerbada pela paisagem branca imaculada e o som da liberdade dos passaros no ar. um espectaculo da natureza quase diario. faltavam muitas coisas naquele lugar, mas havia outras e apesar de muitos acharem o quadro repetitivo a verdade é que todos os dias havia imagens diferentes a registar. outras vezes as mesmas coisas regressavam com as estaçoes e eu também precisava desse ciclo "cela me rassure d'avoir la confirmation qu'il est des choses qui demeurent intactes". hoje senti falta desses dias infinitos em que eu estava de pé em frente à porta janela e, com o rosto ligeiramente levantado, o meu olhar percorria os 5 metros de janela e se ia focando em pormenores. tenho tantas saudades da "nossa" varanda … a vida de frente para as montanhas, a vida através de um coraçao recortado na madeira...
6 anos a viver numa aldeia perdida nas montanhas chamada les echines du dessous. vale a pena clicar na etiqueta… diz senhorita nostalgia jota
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