o meu mural no facebook enche-se de protestos e de inconformismo politico. nunca a situação nacional andou tanto na boca, no coração, na carteira, no humor, na estima e no des-futuro de tanta gente.
este desgoverno, injusto, insensato foi eleito pelos portugueses, mas agora milhões querem a sua demissão, a demissão de um primeiro ministro arrogante e incapaz de se pôr em causa, um ministro que em pouco ou nada combina com a palavra democracia.
penso, muitas vezes, que nos esquecemos que o dinheiro do estado é o dinheiro dos contribuintes e que a bela vida que eles têm com ordenados, reformas, prémios milionarios e carros de luxo é graças ao dinheiro dos portugueses que trabalham e descontam para os impostos. porque aceitamos esta situação? porque aceitamos ter dinheiro a menos para nos, para que outros tenham uma vida melhor do que a nossa? seremos um povo com pouca estima? somos um povo conformista, com uma historia de muitos anos de ditadura que sim, fez uma revolução linda, poética, sem mortes e com flores, mas não chega de viver à sombra disso?
"quem cala consente" diz o povo e, hoje, o povo diz "chega de consentimetos"
não sou rapariga de dizer asneiras mas, se esta frase, numa das escadas do metro dos restauradores ja fazia sentido quando a fotografei em junho, agora ainda faz mais.
se eu estivesse em portugal hoje saia para a rua. hoje, amanhã, depois de amanhã, na semana seguinte, no mês seguinte até ser preciso.
se eu estivesse em portugal hoje saia para a rua. hoje, amanhã, depois de amanhã, na semana seguinte, no mês seguinte até ser preciso.
"há uma hora, há uma hora certa
que um milhão de pessoas está a sair para a rua
há uma hora desde as sete e meia horas da manhã
que um milhão de pessoas está a sair para a rua
estamos no ano da graça de (1946) 2012
em lisboa a sair para o meio da rua "*
*mario cesariny
Sem comentários:
Enviar um comentário