cela me rassure d'avoir la confirmation qu'il est des choses qui demeurent intactes * philippe besson

one of the secrets of a happy life is continuous small treats * iris murdoch

it's a relief sometimes to be able to talk without having to explain oneself, isn't it? * isobel crawley * downtown abbey

carpe diem. seize the day, boys. make your lives extraordinary * dead poets society

a luz que toca lisboa é uma luz que faz acender qualquer coisa dentro de nos * mia couto





15.11.15

senhorita j. versus senhorita mae



sozinha em casa, esta semana, deu para relembrar como eram os tempos antes da barriga grande e antes de mademoiselle chegar à minha vida. se fiquei triste nos dois primeiros dias, nos dias que se seguiram senti um prazer enorme em poder aproveitar o tempo sem olhar para o relgio, sem correr, sem pensar na cozinha e em tudo o que se pensa quando se tem um bebé. muitas vezes, quando senti este prazer culpei-me por isso. gostar de estar comigo nao significa que nao goste de estar com outras pessoas e, nomeadamente, com a minha filha. adoro os fins de semana com ela, adoro ir busca-la à creche adoro vê-la crescer, adoro brincar com ela, adoro quando damos mimos. mas a verdade é que eu vivi 37 anos comigo, com a minha maneira de ser, com os meus silencios, com os meus habitos, com as minhas referências, isso esta inscrito em mim e dificilmente se apagara.

esta semana devia ter sido o concerto de belle and sebastian, mas acabou por ser cancelado. a p. veio do algarve, na mesma, e passamos uma semana como as de antigamente, versao 40's.  tinha prometido ao meu pai que jantava com ele todos os dias, mas so consegui cumprir no dia de s. martinho. o resto dos dias andei por ai. jantar no coral, jantar no escondidinho, jantar no sophia la loca, voltei a jantar no coral. aperitivos no camoes, bares depois do restaurante, estar com pessoas que nao via ha muito tempo, passear pela cidade, tudo sem relógio (apesar de ser acessorio que nao uso, tenho um invisivel na minha cabeça). e depois, acordar para ir trabalhar e sair so com a mala a tiracolo, chegar o fim de semana e nao ter horas para acordar. despertar ao domingo e poder escrever no computador deitada na cama a ouvir a radar. 
as maes também precisam destes dias. e agora penso, olhando de fora, que se tivéssemos que culpar-nos por alguma coisa, devia ser por nao passarmos tempo connosco.

… mas à medida que o tempo passa sinto borboletas na barriga com a ideia de abraçar mademoiselle...

2 comentários:

r disse...

<3

r disse...

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