é domingo. tenho tempo. o dia esta lindo. a luz la fora, maravilhosa. esta musica dos mojave 3 é das melhores bandas sonoras para os meus dias nos alpes. eu vou bebendo café pela manha enquanto absorvo isto tudo. encho o pequeno copo que comprei ontem numa das minhas lojas preferidas de val d'isere. vermelha como tantas coisas de decoraçao nas montanhas e como tanta loiça que eu tenho, agora dentro de caixotes, numa casa em tras-os-montes. este copo de café, eu nao precisava dele, mas precisarei d'un souvenir quando estiver em lisboa, de uma coisa concreta que me faça lembrar, cada vez que abro as portas do armario da cozinha, que certos dias existem. na torradeira douram duas fatias de délice d'automne, o meu pao preferido da maison chevallot (a par do petit pain au beaufort, que nao sobreviveu para a fotografia). ontem foi um dia calmo, passeei pela estância, ao sol, entrei na loja onde trabalhei no inverno do ano em que cheguei aqui e conversei com a minha colega como se nos tivessemos visto ontem, mas afinal ja tinham passado 9 anos. mais uma volta, umas fotografias às montanhas e ao final da tarde um encontro com a rt. une crepe au beurre no salon des fous, uma ida ao supermercado para comprar queijo, vinho e pequenos rabanetes para o aperitivo, dois dedos de conversa ca em casa, a promessa de um jantar em casa dela e despedimo-nos. pouco depois o n. regressou do trabalho, sentamo-nos a tomar o aperitivo, fomos para a cozinha preparar o jantar, ouvimos musica, conversamos, conversamos. conversamos sobre muitas coisas e de como aqui a vida dentro de casa tem uma dimensao que nao tem em lisboa.
na fotografia, mademoiselle sidonie que é a melhor coisa de que me lembro destes domingos. se a vida fosse como antes, a esta hora eu estaria a beber o 10° café da manha e ela estaria a levantar-se para mudar de posiçao e a pôr as patas em cima dos livros e do computador para ficar mais perto de mim.
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