cela me rassure d'avoir la confirmation qu'il est des choses qui demeurent intactes * philippe besson

one of the secrets of a happy life is continuous small treats * iris murdoch

it's a relief sometimes to be able to talk without having to explain oneself, isn't it? * isobel crawley * downtown abbey

carpe diem. seize the day, boys. make your lives extraordinary * dead poets society

a luz que toca lisboa é uma luz que faz acender qualquer coisa dentro de nos * mia couto





24.2.11

sweet 33

café saudade, sintra, novembro 2010


ela chegou à livraria corria o ano de 1998, era uma rapariga com sentido pratico, sem papas na lingua e falava com toda a gente de mão à cintura. na altura conversavamos pouco, não tinhamos os mesmos horarios e eu à primeira vista não sou uma pessoa muito simpatica. um dia perguntei a um dos nossos colegas "mas porque é que te vais casar?" e a nossa amizade começou tão simplesmente assim, com ela (sempre) de mão à cintura a olhar-me de lado a dizer-me "mas olha la, achas que isso é pergunta que se faça?". eu achava que sim, caso contrario não a tinha feito. quebramos o gelo nesse dia e depois veio tudo naturalmente... afinal de uma pergunta idiota pode nascer uma amizade para sempre. nos tempos da castil, uniram-nos os livros, os que estavam em cima das bancadas, nas prateleiras e os que caiam para o chão, uniam-nos os jantares na pizza pazza, as sopas de marisco no restaurante do primeiro andar, os bitoques no califa, os cafés no senhor luis, as compras na stefanel, as idas ao colombo de botas de salto alto, depois de termos passado 8 horas em pé, para fazer compras, as saidas a correr para ela apanhar o comboio em sete rios e as conversas. depois eu fui-me embora para outra livraria, regressei à mesma e sai novamente para outra e desta vez ela veio comigo. é a pessoa com quem mais gosto de trabalhar, mesmo que seja num armazém descoberto, a trabalhar de casaco e de cachecol e a chover-nos em cima do teclado. depois eu mudei de poiso e  a nossa amizade continuava pelo telefone e quando nos encontravamos aos fins de tarde e passeavamos pela cidade, bebiamos cha no carmo, percorriamos a lisboa a pé, não perdiamos a feira do livro... e depois eu vim-me embora, para muito longe e, para mim, nada na nossa amizade se perdeu, pelo contrario... e em breve tê-la-ei outra vez para perto de mim...

adoro-te "amiguinha", mesmo de mão à cintura ♥ e espero que tenhas um optimo dia de aniversario, com ♥ e crumble no buenos aires!

2 comentários:

pat disse...

amiguita com esta agora fizeste-me chorar, não só pelo que escreveste mas também pela forma como o fizeste...e eu adoro as tuas descrições!!!
também te adoro;)
muitos beijinhos e obrigada

J. disse...