cela me rassure d'avoir la confirmation qu'il est des choses qui demeurent intactes * philippe besson

one of the secrets of a happy life is continuous small treats * iris murdoch

it's a relief sometimes to be able to talk without having to explain oneself, isn't it? * isobel crawley * downtown abbey

carpe diem. seize the day, boys. make your lives extraordinary * dead poets society

a luz que toca lisboa é uma luz que faz acender qualquer coisa dentro de nos * mia couto





5.7.10

pedalando...

fim de semana de bicicleta. encontro marcado de manhã cedo. a pista é no meio das arvores, junto ao rio, ha frescura por todo o lado. a ultima vez que andei de bicicleta foi em sevilha, numa tarde de muito calor em 2002. ontem, antes de começarmos, fiz uma experiencia com a d. que me relembrou que para travar tinha que ser com os dois travões ao mesmo tempo. e la fomos nos, eramos talvez umas 20 pessoas. eu vinha atras e quando olhava para as bicicletas a descerem por ali não consegui deixar de lembrar-me do video dos smiths.

comecei a pensar que andar de bicicleta faz parte das minhas nitidas recordações de infância. ainda me lembro dos meus pais me terem oferecido uma bicicleta vermelha da iba. tinha um assento comprido, com encosto, e o voltante em forma de asas. aos domingos eles desciam comigo à rua para me ensinarem. eu em cima da bicicleta a pedalar enquanto o meu pai ou a minha mãe agarravam na parte de tras do assento para eu manter o equilibrio. e depois eu entusiasmava-me com o pedalar, eles corriam e quando ja não podiam acompanhar-me largavam-me e la ia eu, cabelos ao vento. de repente deixava de ouvir as vozes deles, olhava para tras, percebia que ja estava a andar sozinha e caia... não sei se por falta de equilibrio se por me aperceber que não havia ninguém a agarrar-me. joelhos e cotovelos esfolados, duas lagrimas a deslizarem pela cara, mas não podiamos desistir. mais umas quantas tentativas até que pedalar em equilibrio tornava-se natural...
os meus pais chegavam a casa mais cansados do que eu por correrem pela montepio geral acima e abaixo e ao jantar riamos a pensar no dia... e ontem, equanto pedalava, no meio da floresta, lembrei-me destas tardes, na rua deserta e silenciosa e de ouvir os meus pais dizerem "não pares, continua, continua"...

2 comentários:

Nuno Cruz disse...

Excelente post, que traz ainda melhores recordações de infância. A minha bicicleta era branca, daquelas de dobrar ao meio. Depois veio uma bmx de um azul metalizado lindo, punhos racing e pneus grossos. Do melhor para fazer derrapagens e esfolar os joelhos.

J. disse...

gracias nuno! ;)

essas bmx que apareceram depois eram biclas de miudos! ;)