como dizer isto sem parecer o pior dos poetas do povo? ... são 18h45 a mediateca fechou. eu tenho que telefonar ao médico a perguntar pelos resultados. fui buscá-los esta manhã e fui incapaz de os abrir. para não ter que pensar muito marquei logo o numero e abri imediatamente o envelope. à medida que o telefone tocava do outro lado, os meus olhos corriam as médias para ver se estava tudo em ordem. gostava de os ter visto, deviam ser sucessivos r.e.m... enquanto espero ainda penso que a minha vida às 18h46 pode ser uma e às 18h47 nunca mais voltar a ser a mesma... do outro lado respondem mas não têm nada para dizer-me e pedem para ligar no início da semana...
... e é assim que tão facilmente deixo de ter coisas para contar, que me esqueço da maquina em casa... e no entanto, todos os dias há qualquer coisa para registar... os 3 bambis a correr de manhã, as cores do verão indiano, os corvos de manhã na estrada, o sol do outono, a primeira neve amanhã...
... hoje é outro dia... quinta-feira... nesta semana também houve muito cheiros e sentimentos para registar, mas ainda não inventaram a máquina que os captasse... hesito na minha vocação... semana preenchida com o tema da integração e com o olhar dos outros... reunião na escola pré primaria com as mães portuguesas que vieram em numero inesperado e com entusiasmo inesperado também. de repente pensei que conhecia metade da vila, que todos precisavam de conversar... ouviram atentamente o que a psicóloga tinha para dizer e no dia seguinte puseram mãos à obra. vieram inscrever-se à mediateca e às tardes de quinta... hoje é quinta... e fim de tarde... dali vou ao colégio, desta vez reunião com o "principal". na sequência do forum das associações pediu-me ajuda relativamente às famílias portuguesas e sugestões de actividades para a comunidade lusófona. À primeira vista não me parece difícil... proponho então que as horas de lazer dos alunos da comunidade portuguesa se traduzam simplesmente num comité de leitura em língua portuguesa baseado na interpretação de texto, capacidade de expressão e discussão de ideias. o "principal" (o mesmo que testemunhou o meu acidente de carro há dois anos) mostra-se entusiasta. as coisas não se concretizam logo porque o trabalho é naturalmente remunerado e enquanto funcionaria publica não tenho qualquer direito de acumular dois "empregos". despedimo-nos com a promessa de um contacto depois da resposta do presidente da câmara a esta "eventual excepção"... entro no carro, já é de noite... estou tão perdida nos últimos acontecimentos que quase atropelo um cão... e penso nas palavras do h. "... decerto farás a diferença por lá... se o fizeste por cá..." e espero tão sinceramente que sim... nestas coisas tão pequenas mas que podem realmente fazer toda a diferença... para mim mas sobretudo para os que estiverem comigo...
... e é assim que tão facilmente deixo de ter coisas para contar, que me esqueço da maquina em casa... e no entanto, todos os dias há qualquer coisa para registar... os 3 bambis a correr de manhã, as cores do verão indiano, os corvos de manhã na estrada, o sol do outono, a primeira neve amanhã...
... hoje é outro dia... quinta-feira... nesta semana também houve muito cheiros e sentimentos para registar, mas ainda não inventaram a máquina que os captasse... hesito na minha vocação... semana preenchida com o tema da integração e com o olhar dos outros... reunião na escola pré primaria com as mães portuguesas que vieram em numero inesperado e com entusiasmo inesperado também. de repente pensei que conhecia metade da vila, que todos precisavam de conversar... ouviram atentamente o que a psicóloga tinha para dizer e no dia seguinte puseram mãos à obra. vieram inscrever-se à mediateca e às tardes de quinta... hoje é quinta... e fim de tarde... dali vou ao colégio, desta vez reunião com o "principal". na sequência do forum das associações pediu-me ajuda relativamente às famílias portuguesas e sugestões de actividades para a comunidade lusófona. À primeira vista não me parece difícil... proponho então que as horas de lazer dos alunos da comunidade portuguesa se traduzam simplesmente num comité de leitura em língua portuguesa baseado na interpretação de texto, capacidade de expressão e discussão de ideias. o "principal" (o mesmo que testemunhou o meu acidente de carro há dois anos) mostra-se entusiasta. as coisas não se concretizam logo porque o trabalho é naturalmente remunerado e enquanto funcionaria publica não tenho qualquer direito de acumular dois "empregos". despedimo-nos com a promessa de um contacto depois da resposta do presidente da câmara a esta "eventual excepção"... entro no carro, já é de noite... estou tão perdida nos últimos acontecimentos que quase atropelo um cão... e penso nas palavras do h. "... decerto farás a diferença por lá... se o fizeste por cá..." e espero tão sinceramente que sim... nestas coisas tão pequenas mas que podem realmente fazer toda a diferença... para mim mas sobretudo para os que estiverem comigo...
… e nestes dias queremos agarrar-nos à vida como se não houvesse amanhã...
fotografia tirada no unico dia de chuva das férias de junho, no bairro grandela, s. domingos de benfica
4 comentários:
Bom fim de semana!!
J. boa noite.
Entrei pela primeira vez, neste seu blogue, há poucos momentos.
Só li o seu último texto, mas sinceramente, fui demasiado rápido, dado que tive hoje um dia, bastante atribulado.
Posso adiantar, que gostei.
Para terminar, uma óptima noite para si e já agora, uma pequenina sugestão:
Amanhã, para o pequeno almoço, um café bem tirado e a acompalhar, um belo bolo no " Scala ".
Um abarço.
Fernando ;-)))
obrigada mir e que bom ver-te de volta! ;)
obrigada fernando, volte sempre e coma um bom bocado por mim ;) fico à espera que me diga se os bolos do scala ainda merecem a fama que têm!
J. boa tarde.
Pois com uma pequena ajudinha, lá fui parar directamente ao " Scala ".
Mas o primeiro engano que tive, foi ter pensado, que esta pastelaria, ficava situada para os lados de São Domingos de Benfica.
Mas como eu disse atrás, através de um simples telefonema, para uma sua grande amiga, ela além de me indicar onde ficava situada a dita pastelaria, deu-me conhecimento de uma novidade lindíssima.
Tenho a certeza, que sabe muito bem, ao que eu estou-me a referir.
Relativamente aos bolinhos, ainda não foi desta.
Bebi um bom café na esplanada e o resto ficará para uma próxima oportunidade.
J. esteja descansa, logo que os prove, darei-lhe a minha opinião, se bem que à partida gostei do local e do atendimento.
Fernando ;-)))
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