a pensar na minha cidade e no n.
esta névoa sobre a cidade, o rio,
as gaivotas doutros dias, barcos, gente
apressada ou com o tempo todo para perder,
esta névoa onde começa a luz de lisboa,
rosa e limão sobre o tejo, esta luz de água,
nada mais quero de degrau em degrau.
lisboa, eugénio de andrade
esta névoa sobre a cidade, o rio,
as gaivotas doutros dias, barcos, gente
apressada ou com o tempo todo para perder,
esta névoa onde começa a luz de lisboa,
rosa e limão sobre o tejo, esta luz de água,
nada mais quero de degrau em degrau.
lisboa, eugénio de andrade
1 comentário:
Alguém diz com lentidão:
"Lisboa, sabes..."
Eu sei, é uma rapariga
Descalça e leve.
Um vento súbito e claro
Nos cabelos,
Algumas rugas finas
A espreitar-lhe os olhos,
A solidão aberta
Nos lábios e nos dedos,
Descendo degraus
E degraus
E degraus até ao rio
Eugénio de Andrade
Enviar um comentário