cela me rassure d'avoir la confirmation qu'il est des choses qui demeurent intactes * philippe besson

one of the secrets of a happy life is continuous small treats * iris murdoch

it's a relief sometimes to be able to talk without having to explain oneself, isn't it? * isobel crawley * downtown abbey

carpe diem. seize the day, boys. make your lives extraordinary * dead poets society

a luz que toca lisboa é uma luz que faz acender qualquer coisa dentro de nos * mia couto





3.2.13

ultimas noticias. e ultimas.

e depois paro com esta ladainha da qual sou a principal culpada. o pior de tudo é quando as coisas nao sao pretas nem brancas, isso dificulta muita coisa. desde que voltou do veterinario, terça-feira, a sidonie so dorme e nao tem vontade de sair de casa. assim que, nesse final de tarde, pousei a "jaula" no chao, ela saiu a correr e foi logo encontrar o conforto do sofa. dormia, dormia e pedia muito mimos. no primeiro dia dormiu ca em casa e no segundo dia decidi que iria comprar uma caixa e areia "para o caso de". fi-la cheirar as pedrinhas e pu-la la em cima, mas ela saltou e correu para longe daquilo. nessa noite voltou a ficar aqui. às 4h30 da manha acordei com um barulho enorme no quarto do lado e ela tinha-se enfiado atras do sofa e andava na brincadeira. pu-la la fora pensando que o n. acordaria dali a pouco e que ela poderia voltar a entrar. enfim, como esta gata nunca viveu numa casa nunca a deixei sozinha. nao so pela casa, mas por ela também. acontece que desde as operaçoes, ela começou a ter medo de ir para a rua e eu na sexta-feira anulei uma consulta para vir ver como ela estava e para que pudesse ficar um bocadinho quentinha. pensei em deixa-la ca dentro quando sai, mas disse-me que dali a 4h e o n. chegaria. nessa noite ela nao veio. no dia seguinte de manha também nao. ontem andei a pé pela aldeia a chamar por ela e nada. nao conseguia parar de pensar nisto e acabei por decidi ir espairecer. fui ao cinema. 5 minutos depois entra na sala a minha vizinha de cima que com o ar mais natural do mundo me diz "ah é verdade, queria dizer-te que a sidonie desde ontem esta em nossa casa. até fui comprar areia. o meu filho esta super contente". tudo isto me pareceria normal se na vespera eu nao tivese passado na caixa dela, no supermercado, explicando tudo o que se tem vindo a passar-se, a esterilizaçao, o alto na cabeça, o veterinario, a associaçao. que coincidência quererem ficar com ela la em casa agora, pensei. quando ela estava doente ninguem se preocupou em tratar dela. senti uma vermelhidao a subir por mim acima e pensei que ia explodir, mas felizmente tive tempo para pensar antes de dizer o que quer que fosse e pensei simplesmente que nao podia ficar com ela e que era bom ter dois vizinhos que o podiam fazer, que a sidonie ia poder continuar a viver na aldeia e ia ter quem cuidasse dela. fiquei tranquila com este pensamento. mas desiludida com a humanidade. 
dizem que os gatos nao fazem companhia. eu acho que fazem e de repente sinto um vazio aqui em casa e no meu coraçao. e afinal, pensava eu que a sidonie estava apaixonada por mim como eu por ela. o n. dizia-me "nao vês que ela vem so pela comida". eu dizia que nao, mas talvez ele tivesse razao. assim de repente, tenho que me desligar dela à força. e estou triste. 

3 comentários:

As Cores do Arco-Íris disse...

J se não podias ficar com ela, o melhor será assim...ainda bem que tem alguém que se predispõe a tomar conta dela. Mas é um facto...há pessoas...enfim. No coments

Carla R. disse...

Oh... realmente podia ter-se passado de uma maneira mais civilizada. E não a podes ver ou tê-la em casa de vez em quando, numa espécie de garde partagée ?

J. disse...

sim, hoje fiz babysitting, mas é dificil quando ja se foi "mae" a tempo inteiro :(

é verdade que o importante é que ela tenha quem tome conta dela e lhe dê mimos. ronron.