não é novidade nenhuma que eu sou perdidamente apaixonada pelos smiths. sim, depois deste tempo todo (and after all this time), ainda sou. o meu carro azul e pequeno desce pelo silencio das montanhas com a voz e as letras do morrissey a espalharem beleza, com os acordes do johnny marr a distribuirem cor. na primavera e no outono senhorita j. aprecia as capas dos discos. no inverno senhorita j. fechada dentro do carro com a musica aos berros. no verão, senhorita j. de janelas abertas, aos gritos. e o carrito vai passando pelas pequenas aldeias, os agricultores param e ficam a olhar até ele desaparecer, vê senhorita j., pelo retrovisor. para eles deve ser estranho tanto barulho ecoar no silencio da natureza. os smiths sao a banda do meu coraçao porque fazem parte de uma altura da minha vida da qual guardo tão boas recordações. tive uma adolecência e uns twenties tao tão bons… dificeis de "competir". e às vezes tenho medo que estejam num pedestal tão alto que pouca coisa possa chegar aos pés dessa época. mesmo gostando de ouvir muitas outras coisas, nunca nenhuma banda teve um lugar tao quentinho no meu coraçao como os smiths. talvez seja uma grande vontade de perpetuar esses tempos. talvez seja paixao verdadeira.
… e hoje esta sol. e os smiths parecem-me ainda mais bonitos no caminho para o trabalho de manhã e no sobe e desce da hora de almoço. sim, esta sol e por isso ha musica na rua. senhorita j. esta no balcao principal da mediateca. no abrir e fechar das portas, cada vez que entra um leitor, senhorita j. ouve a musica que vem da rua e, como se não bastasse de silvas, hoje, senhoras e senhora, this charming man acaba de entrar pela biblioteca adentro.
pronto, é isso, paixao correspondida.
pronto, é isso, paixao correspondida.
Sem comentários:
Enviar um comentário