cela me rassure d'avoir la confirmation qu'il est des choses qui demeurent intactes * philippe besson

one of the secrets of a happy life is continuous small treats * iris murdoch

it's a relief sometimes to be able to talk without having to explain oneself, isn't it? * isobel crawley * downtown abbey

carpe diem. seize the day, boys. make your lives extraordinary * dead poets society

a luz que toca lisboa é uma luz que faz acender qualquer coisa dentro de nos * mia couto





19.6.12

o manjerico de campo de ourique



a manhã deste dia começou com um pequeno almoço na padaria portuguesa e com um copo de sumo de laranja a molhar-me camisola, calças e sapatos novos em folha, mas nao foi razao para eu ficar de mau humor. tinhamos decidido que iamos deslizar pelo burburinho de campo de ourique aos sabados e assim foi. portanto, pequeno almoço molhado na padaria portuguesa e fomos dar um giro ao mercado que é daqueles à moda antiga, em cada esquina uma senhora de mão à cintura grita para o ar aquilo que vende. foi assim que trouxe de la este manjerico "olha a 3€ o manjeiro, é a 3€" (os pequenos). fui seduzida e em vez de o comprar no jardim da parada acabei por trazê-lo do mercado. dali fomos dando uma volta pelo bairro, campo de ourique foi eleito pelos leitores da time out lisboa como sendo o melhor bairro para se viver. e é realmente um dos meus preferidos. se não estivesse ligada a benfica por razões afectivas talvez escolhesse viver aqui. durante as férias, esta questão foi levantada varias vezes "se voltasses a viver em lisboa onde gostarias de morar?". apesar de gostar muito de alguns bairros centrais acho que nao gostava de morar num que ficasse perto de lugares onde gosto de sair à noite, porque sair à noite=confusão pelo menos 3 dias por semana. campo de ourique para mim tem dois "senãos": tem poucos transportes (e pouco regulares) e é extremamente problematico para estacionar o carro. vantagem: tem o electrico mesmo ali ao lado e que ainda por cima se pode apanhar na primeira paragem, com uma grande probabilidade de se arranjar um lugar à janela e viajar de cabelos ao vento. nessa manhã, ainda, encontrei pessoas que conhecia e fiquei a pensar que gosto tanto disso, sobretudo ao fim de 7 anos sem viver em lisboa.


pus o manjeiro no colo e voltei a casa. este ano, nao passei o santo antonio em lisboa mas trago um bocadinho desses dias para os alpes, como no ano passado em que o manjerico cresceu até ao outono. quando os dias de sol acabaram ele deixou de florir... e como eu o percebo...


esses dias de prazer * que eu hei gozado a teu lado, * abrandarão meu sofrer * se este cravo for guardado

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