cela me rassure d'avoir la confirmation qu'il est des choses qui demeurent intactes * philippe besson

one of the secrets of a happy life is continuous small treats * iris murdoch

it's a relief sometimes to be able to talk without having to explain oneself, isn't it? * isobel crawley * downtown abbey

carpe diem. seize the day, boys. make your lives extraordinary * dead poets society

a luz que toca lisboa é uma luz que faz acender qualquer coisa dentro de nos * mia couto





26.9.08


a c. passou anteontem pela mediateca. o filho vai casar com uma rapariga portuguesa e ela e o marido querem surpreender os compadres. por isso, ela veio saber se o método de português, comprado na semana passada, já estava disponível. a c. pertence, agora, à associação m., vem também dar aulas de francês às sextas-feiras. veio pela primeira vez na semana passada e estava inquieta. conversa para aqui conversa para ali, eu disse-lhe que muito provavelmente não iria à associação nos dias de inverno quando nevasse porque a estrada costumava ser má para subir. ela perguntou-me onde é que eu morava e eu disse-lhe. a expressão alterou-se e ela perguntou: ouviste falar no rapaz que foi encontrado morto ontem? não, respondi! Ela diz-me, eram 40 pessoas à procura dele. encontraram-no enforcado, num lugar muito alto com a vista mais bonita sobre bsm...

e
outra vez estas palavras, esta história...

ontem vim almoçar a casa e ao descer vi esta imagem... tanta ironia, mesmo aqui ao pé do lugar que ele escolheu... há já algum tempo que ali está, mas só reparei nela a sério ontem... e sei que não acabou... há muita solidão... se calhar quase tanta como as montanhas que nos rodeiam... são quase sempre rapazes... umas vezes é aqui, outras da barragem... para ser irreversível...

3 comentários:

Politikos disse...

O que conta fez-me lembrar o livro «Visível Escuridão». Não sei se já leu, se não leu, recomendo-lho... É ténue a «linha da normalidade»...

J. disse...

caro politikos,

que agradavel surpresa vê-lo por estes lados... não conheço esse livro e pelas pesquisas que estive a fazer parece-me que esta esgotado. em todo o caso agradeço-lhe a sugestão e continuarei a investigar pois é assunto que me interessa...

Politikos disse...

É como diz, j., está esgotado, mas vale a pena lê-lo; a descrição que o William Styron faz do dia em que sentiu a doença é deveras impressionante; se a memória - que já se viu não é famosa ;-) - não me atraiçoa, ele estava a caçar com os cães numa montanha, num cenário idílico, num local e numa actividade que lhe davam imenso prazer e de repente deixa de se sentir tocado por tudo aquilo e a sombra abate-se sobre ele...