cela me rassure d'avoir la confirmation qu'il est des choses qui demeurent intactes * philippe besson

one of the secrets of a happy life is continuous small treats * iris murdoch

it's a relief sometimes to be able to talk without having to explain oneself, isn't it? * isobel crawley * downtown abbey

carpe diem. seize the day, boys. make your lives extraordinary * dead poets society

a luz que toca lisboa é uma luz que faz acender qualquer coisa dentro de nos * mia couto





11.12.11

um dia em chambéry * une journée à chambéry









é tão bom ter quatro dias de folga, sobretudo quando são inesperados. este ano não tenho espírito de natal, não fiz a arvore e acho que também já não vou fazê-la. fica assim registado que aos 35 anos, esta rapariga, apaixonada por esta altura do ano, tornou-se indiferente ao natal. mas não acreditando que isto me aconteça facilmente a aproveitando estes dias de fim-de-semana prolongado ontem enfiei-me no comboio, um livro na mala e fui até chambéry. era dia de feira, é mês de mercado de natal e fui lá ver se me contagiava com tudo isto. regressei com algumas compras: 2 kg de nozes que me pesaram toda a tarde, mas era de aproveitar, porque cá em casa adoramos nozes e parti-las é para mim um momento de tranquilidade. o mercado era pequeno, mas bonito. tinha chalets de madeira, com especialidades da quadra e ideias de presentes pequeninos. parei na banca do pais basco, o senhor deu-me a provar uma série de especialidades e não resisti, vim de la com "galettes bascas" e uns bolinhos que se chamam "financiers". mais à frente paro no chalet dos crepes, têm crepes au beurre salé e deixei-me tentar sem qualquer resistência. comi ao balcão e fiquei a observar o cuidado na decoração dos espaço. é natal e para além disso eu acho que é importante dizer coisas boas e bonitas às pessoas. digo-lhes que fiquei sob o charme da banquinha delas e peço para tirar uma fotografia. elas aceitam sem hesitar. penso que só este mercado de natal, a viagem de comboio e o livro que levei já tornaram o meu dia precioso. continuo deslizando pelas ruas, compro umas calças e um lenço para mim, compro um presente de natal para uma amiga (que me parece ser a cara dela) e não encontro mais nada. regresso à estação de comboios, repleta de pessoas que vêm passar o fim-de-semana à neve. gosto de estações de comboio, há uma certa melancolia, uma certa solidão, misturada com alegria. gosto dos relógios que marcam o tempo escrupulosamente. gosto dos abraços, dos “adeuses”, dos senhores de chapéu que apitam para que o comboio continue o seu trajecto. encontro um lugar, instalo-me, volto a abrir o livro e duas horas mais tarde estou de regresso a casa.

c’est tellement bon d’avoir 4 jours de congés surtout quand on ne s’y attend pas. cette année je n’ai pas la tête à noël, je n’ai pas acheté de sapin et je ne pense pas que j’en acheterai un. il reste donc enregistré, qu’à 35 ans, cette fille, passionée par cette époque de l’année et devenue indifférente. j’ai tellement de mal à croire que ça puisse m'arriver aussi facilement que j’ai décidé de profiter de ce long weekend pour partir à la recherche de l’esprit de nöel. alors, j’ai pris le train pour chambéry. c’était un samedi de marché normal et c’est un mois de marché de noël. j’ai fait quelques courses : j’ai acheté 2kg de noix, c’était une bonne promotion et, chez nous, nous sommes de gros mangeurs de noix. les ouvrir c’est pour moi un moment d’apaisement. le marché de noël était tout petit mais très mignon. Il y avait des chalets en bois avec des petites idées cadeaux et des spécialités de cette periode. je me suis arretée au chalet du pays basque où j’ai pu gouter pas mal de gourmandises et, ne pouvant pas resister à la tentation, j’en suis revenu avec des "galettes basques" et des "financiers", des petits gateaux typiques de là-bas. un peu plus loin un chalet de crêpes, je vois qu’ils font des crêpes au beurre salé et j’en demande une. je l’ai mangé sur place et j’ai donc pris le temps d’observer la décoration de leur joli chalet. c’est noel, mais même si ça ne l’était pas je leur aurait dit qu’elles ont fait une très belle décoration. je demande à faire une photo et elles me l'accordent sans hésiter. je pense que grâce à ce marché de noël, grâce au voyage en train et au livre que j’ai dans mon sac ma journée a été belle. je flâne dans les rues, j’achète une paire de jeans, un foulard rouge aux "petits pois" blancs. j’achète aussi un cadeau de noel pour une copine, (ça lui ressemblait tellement) et je ne trouve rien d’autre. je retourne à la gare qui est noire de monde, très certainement des gens qui viennent skier le weekend. j’aime les gares, il y a une certaine mélancolie, une certaine solitude mélangée à de la joie. j’aime les horloges qui marque scrupuleusemment le temps. j’aime voir les gens s’embrasser, se dire au revoir, j’aime les responsables de gare qui sifflent pour que le train reprenne son chemin. je trouve une place, je m’installe, je réouvre mon livre et deux heures plus tard je suis de nouveau à la maison.

3 comentários:

pat disse...

gosto tanto dos mercados de natal!!!!
……
a sério, não vais mesmo fazer arvore de natal ;((

J. disse...

este mercado era muito simpatico :)

eu não tenho vontade, nem espirito, mas como tenho duas prendas la em casa agora não tenho sitio para as pôr... talvez reconsidere essa historia da arvore ;)

pat disse...

quero uma foto de prova, e não vale batota!!