comprei um bilhete para ir de comboio, mas como não havia utentes suficientes o comboio foi substituido por um autocarro. o dia estava cinzento e chuvoso. chego à cidade com tempo antes do meu primeiro exame profissional no meu pais de adopção. não me inquieto, nunca me inquieto nestes coisas e, em vez de mergulhar o nariz na documentação, inspiro o cheiro da poluição e da terra molhada. abro o guarda-chuva, olho para o céu e atravesso a estrada. para começar, entro numa livraria, logo mesmo ali ao lado da estação. fico pouco tempo e sigo caminho para a parte antiga da cidade.
passeio pelas ruas, com as sabrinas molhadas, a parte antiga esta deserta. vou entrando nas lojas, faço umas compras, mas como a hora se aproxima, vou comer uma sande. espero no hall do manège, entro numa sala comprida e apercebo-me logo que as regras são militares, mas que não ha relogio na parede. as duas horas passam a voar. quando saio continua a chover, o meu comboio parte dali a 5 minutos e não tenho tempo nem vontade de correr para o apanhar. então, decido aproveitar a cidade e vou deslizando pelas ruas, por baixo da chuva. encontro outra livraria com livros em promoção, alguns muito bonitos e fico ali quase uma hora. compro um livro de cocktails para oferecer e vou por ali abaixo, por ruas que não conheço à procura do caminho de regresso à estação de comboios...
... gosto de perder-me nas cidades...
2 comentários:
Estou contigo. Apesar de gostar muito do campo (ainda mais agora que estou também deslocado para o interior), um dos meus prazeres é perder-me em cidades, descobrir os seus cantos, percorrer as ruas sem destino.
Beijos.
:)
bjs nuno
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