cela me rassure d'avoir la confirmation qu'il est des choses qui demeurent intactes * philippe besson

one of the secrets of a happy life is continuous small treats * iris murdoch

it's a relief sometimes to be able to talk without having to explain oneself, isn't it? * isobel crawley * downtown abbey

carpe diem. seize the day, boys. make your lives extraordinary * dead poets society

a luz que toca lisboa é uma luz que faz acender qualquer coisa dentro de nos * mia couto





7.12.10

histoire de pieds (27)


foi um dos momentos em que mais gostei andar pela cidade. o dia começa na rua brancaamp, dai resolvemos descer pela avenida da liberdade, sem pressas, de maquina na mão. primeira paragem na confeitaria marquês de pombal para mostrar ao n. que nunca la tinha entrado. ai provo uma queijada de cerveja deliciosa, aprecio as vitrinas, repletas de pastelaria portuguesa e falo com a empregada de balcão que me diz o nome de todos os bolos que ali se apresentam.
dali saímos e começamos a descida a caminho do rio, olhamos para os belíssimos prédios, para outros abandonados com desenhos que causam impacto à vista. apreciamos a calçada, os bebedouros ou chafarizes abandonados, olhamos para as pessoas sentadas nos bancos e assim vai andando a vida até aos restauradores.
dali fazemos um desvio, subimos o chiado, descemos pela rua do crucifixo e apanhamos a rua augusta. queremos ir ver o portugal da joana vasconcelos e continuamos por ali abaixo. ficamos desiludidos ao ver portugal, assim, abandonado à beira das obras, mas achamos que talvez seja uma metáfora oportuna.


esta um fim de tarde lindíssimo, paramos no cais das colunas, perdi a conta aos anos que não parava naquele lugar. estava um pôr de sol maravilhoso, um avião passa por cima da ponte num fundo cor de laranja, ouvimos um cacilheiro e ficamos assim, a admirar o cristo rei a abraçar a cidade.

seguimos para a conservaria, queremos comprar as melhores conservas mas queremos fotografar aquela loja fora do tempo. descobrimos deliciosos filetes de atum numa lata fantástica e levamos também sardinhas em óleo para provar.


saímos da loja a conversar alegremente, apesar de não dizermos nada um ao outro dirigimo-nos à rua do arsenal. já há uns tempos que falávamos em regressar a estas lojas de bacalhau, de produtos coloniais... além mar. entramos em cada uma delas, serviço à moda antiga e descobrimos imensas coisas. e no final da rua, como se este dia não pudesse acabar de outra forma entramos no british bar, um lugar que so me traz bons sentimentos. sem saber bem porquê penso sempre neste sitio como o bar de marinheiros por excelência. bebemos um favaios, falamos sobre o dia, pouco mas falamos, porque às vezes há dias assim, em que apetece ficar em silêncio a apreciar o momento a fazer uma retrospectiva em imagens. já temos que ir embora, porque dali a meia hora, há petiscos combinados em casa dos jotas.

... mais dias perfeitos ...

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