cheguei então ao fim do livro "persuasão"... o que dizer sobre ele excluindo a tradução é que...
eu devia ter vivido no tempo das carruagens, no tempo em que em se ía mais vezes à biblioteca do que se comprava livros, no tempo em que se comprava um caderno de notas e se o guardava até ele terminar, em que, em quase todas as lojas, era possível fazer tudo por medida, no tempo em que se passeava de braço dado, no tempo em que a correspondência era toda por carta...
" uma hora de completo ócio para semelhantes reflexões, um escuro dia de novembro e uma chuvinha densa que quase apagava os muito poucos objectos que era possível discernir das janelas, foram o suficiente para tornar o barulho da carruagem de lady russell extremamente bem-vindo."
"quando, não muito tempo depois, lady russell entrava em bath, numa tarde de chuva, e fez o longo percurso das ruas de old bridge a camden-place, entre os salpicos levantados por outras carruagens, o barulho de carros e carroças, o alarido de jornaleiros, vendedores de pãezinhos doces quentes e leiteiros e o tinir incessante de tamancos, não proferiu a mínima queixa. não, aqueles eram ruídos que pertenciam aos prazeres do inverno (...)"
persuasão, jane austen, editorial presença
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