aos domingos acordo cedo. ligo o computador enquanto preparo a minha taça de café. ligo a radar, vejo os mails, algumas novidades no facebook e depois vou passear ao googlereader. ainda não pus o cortinado no quarto desde que se estragou uma das fitas que o ata à barra e, por isso, a luz do dia entra e aquece-me as mãos. gosto desta luz doce e morna embalada pela musica da radar...
espreito as novidades nos blogues que sigo e vejo dois posts "não me irritem" sobre a sua chegada a portugal, penso neste sentimento do "chez soi", de olhar à volta e reparar em tudo e parar em pormenores que antes não viamos, certamente porque tinhamos todo o tempo... e vejo o post da maria nogueira no "the walnut and the apple" sobre as saudades de casa e da vida portuguesa...
alguns dos meus domingos também são assim, a sonhar com lisboa, com as saudades que tenho das pessoas, dos lugares, da vida de "antes" que agora tenho que sintetizar e aproveitar em 45 dias durante o ano... mas sob "pressão" dos poucos dias que temos, não da para aproveitar... pensar tenho que tenho que ir ali e acoli, quando na verdade so passo pelos sitios que gosto a caminho de casa de alguém, não ha tempo para ir à descoberta, porque se quer estar com tantas pessoas que os lugares acabamos por vê-los a caminho de casa delas... tenho saudades de tempo para descoberta. talvez tenha tido sorte em trabalhar varios anos num dos lugares mais bonitos e centrais de lisboa, o chiado, e ter tempo à hora de almoço para deslizar pelas ruas, ter tempo para beber cafés de manhã aos fins-de-semana e folhear revistas e jornais que me levavam a novos sitios... ter tempo, a maria nogueira tem razão... lisboa é uma cidade onde se tem tempo e coisas para fazer...
... mas vou estando por aqui, e como dizia ontem à pat ao telefone, vou tendo objectivos em cada mês, por exemplo, daqui a 15 dias a pat, o né e os amigos estão ca. dali a 1 mês vamos de ferias para lisboa e depois regressamos para o inverno rigoroso, para os dias de silêncio, mas os posts no blog às vezes uma vez por mês... nunca penso tanto em regressar a lisboa como no inverno, mas passaram cinco anos e agora começo a ter medo de regressar e não encontrar a cidade e a vida que idealizo à distância...
1 comentário:
nunca vai ser a mesma cidade nem o mesmo país. o truque é aceitar isso mesmo acho eu.
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