25.4.25

Liberdade

Num dia como o de hoje eu queria falar daquela madrugada, em que ainda não tinha nascido

Do gesto humilde do soldado Salgueiro Maia, quando pousa a sua arma no chão e caminha devagar em direção aos tanques. Da nobre incapacidade dos seus semelhantes o atacarem. 

Do Stefano Accorsi, nos Capitães de Abril, da Maria de Medeiros, a avançar com um lenço branco na mão esquerda.

Dos cravos da Celeste pelo Largo do Carmo. De um símbolo que se tornou imortal.

Da madrugada que Sophia de Mello Breyner esperava, do 'dia inicial inteiro e limpo'

Da voz da Teresa Salgueiro a cantar 'Adormeci com a sensação que tínhamos mudado o mundo', que é a única canção no planeta que me faz chorar.

Do grito de liberdade do Mel Gibson, no filme Braveheart, que me levanta os pelos todos do corpo.

O que me comove na liberdade é a valentia. É podermos decidir de acordo com aquilo em que acreditamos, nem que tenhamos de ir contra muitas coisas e muitas pessoas.

Se eu pudesse regressar ao passado, gostava de poder acordar nessa manhã de alegria, como quem acorda de um sonho formidável que afinal não é mais do que a realidade. 

Grandes liberdades

A curva 

A gata Christie

Boas intenções 

2 dedos de conversa

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