portanto, hoje foi uma aventura do amanhecer ao anoitecer. o limpa neves passou a horas improprias, abrindo alas na estrada e arrastando a neve para cima do meu carro que o meu miudo tinha limpo às 5h da manha antes de ir trabalhar. às 8h estava eu de pa em punho(s) e em poucos minutos prontinha para voltar para dentro da banheira. com neve até aos joelhos, a pa numa mao e a raclette na outra, pus tudo no banco de tras e la vou eu equipada. marcha atras de repente (ponto de embraiagem no sitio mais que certo) em passo de caranguejo até à entrada da aldeia. no caminho desenhado pelo limpa neves so cabia um carro, por isso, desci em segunda a rezar para nao me cruzar com ninguém, sem sucesso. à nona viragem vinha o meu vizinho a subir, mas como tinha correntes foi ele que fez manobra. chego a bourg saint maurice a pensar que a civilizaçao era ali, mas estava tudo mais do que branco. lugares para estacionar o carro nem vê-los (literalmente) e a altura da neve dava-me pelas nadegas. nem a pa me valeu. os passeios cheios de neve, as pessoas a andarem no meio da estrada eu, a caminho de uma subida, a ver um carro a sair e a sorrir ja a pensar que tinha encontrado um lugar, ainda que fosse a pagar, quando uma criatura com um carrinho de bebe se poe no meio da estrada fazendo com que eu perdesse o balanço e desatasse a patinar. marcha atras. eu, o que estava atras de mim, o que estava atras deste. primeira, la vou eu e nada. marcha atras outra vez, cançao numero dois de raveonettes aos gritos e op, primeira, segunda logo a seguir e ufa, estaciono. chegando ao trabalho um pandemonio, com tanta neve a prioridade nao era limpar as saidas de emergência e como eu tinha a pa na parte de tras no carro, la fui eu. andar de baixo, andar de cima, sempre a sonhar com a minha banheira. finalmente o dia chegou ao fim, saio do meu milagroso lugar, subo a rua como posso, mais de lado do que direita e quando entro na rua de cima o pesadelo. carros em todos os sentidos, parados no meio da estrada, tudo a dar às rodas sem avançar. entao consigo chegar à estrada que me leva a casa, chego ao meu parque de estacionamento e como ainda nao estava contente com todo o exercicio que fiz durante o dia ainda fui dar à pa para poder estacionar o carro. desci as escadas (mas onde é que estao os degraus?) às escuras, sem saber onde punha os pés. entrei em casa e pensei home sweet home. tinha os dedos dos pé gelados e colei-me ao radiador. ainda pensei ver o spellbound do hitchcock (ok, se calhar nao correu bem), mas fiquei so a sorrir com a ideia de amanha cair mais um nevao e de estar em casa de folga. e amanha também é dia de anunciar o vencedor do sorteio, mas nem sei se os meu braços vao ter forças para escrever os nomes nos papelinhos.
quantas vezes aparece a palavra "pa" neste texto? ah pois é, eu avisei, pa!
quantas vezes aparece a palavra "pa" neste texto? ah pois é, eu avisei, pa!
Não sei se o objectivo era ser hilariante, mas deste-me a gargalhada do dia :)
ResponderEliminarpelo menos, que faça sorrir alguém ;)
ResponderEliminarE inveja, pa ! Quero tanto neve ! Patinar com o carro é que não, que o ano passado ia tendo um acidente enorme por causa disso, que sensação, o carro a avançar e eu sem poder fazer nada, apenas esperar que os outros carros se afastem, e tudo sem gritar, para não assustar os miudos. Quando for eu a mandar, em dias de neve assim, é feriado.
ResponderEliminaroh! por favor, salta do conto e transforma-te em rainha das neves e vem viver para os alpes para haver muitos feriados!
ResponderEliminarsim, é impressionantemente (acabei de criar um adverbio de modo?) assustador quando o carro fica descontrolado, nao ha nada que se possa fazer quando ele tem vontade propria... uf!
Duas palavrinhas pra ti:
ResponderEliminar1) VALENTE!
2) mais que uma palavra: neve pelas nádegas? wooow! Tenho tanta sorte!
hard times ;)
ResponderEliminarcomo é que acertaste no meu apelido? ;)
Pensei que era o teu middle name :)
ResponderEliminar... bem... é o "do meio" e o do fim ;) para que nao restem duvidas :)
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