desta vez entramos pelo sul. um pé em portugal e a primeira coisa que me apetece sempre é beber uma italiana. dali, apenas 237 km nos separam de lisboa. uma hora mais tarde o telefone nao para de tocar. penso e sinto e digo "home" que é uma palavra tao grande. chegamos à portagem da ponte e abro a janela, inspiro de olhos fechados, a chuva miudinha entra para dentro do carro e olho para o cristo rei, de braços abertos. haver melhor maneira de uma cidade de nos receber? havera melhor maneira de ver a cidade, quando se regressa, do que passar pela ponte à noite num ruido que me transporta para tantos dias de verao? e ver as luzes pequeninas, cor de laranja la em baixo, a cidade tao iluminada, o tejo, os barcos, as ruas, os carros.
o nosso carro segue a direcçao de benfica, paralelo à linha do comboio. tudo me é tao familiar e tao intimo como se me tivesse apenas ausentado para umas férias. entro finalmente na minha rua que tem um cheiro unico que seria capaz de reconhecer do outro lado do mundo. o cheiro da minha rua e da minha cidade que nunca senti noutro lugar. e depois o abraço do meu irmao, o sorriso da minha mae, a voz do meu pai. e tudo faz tanto sentido. o frango guisado preparado com tanto amor. desta vez nem me importo que tenha muito cravinho. é o cravinho do amor. rir até nao poder mais, fazer planos de dias preenchidos. sentir e nao pensar. e tudo é tao simples. e tao bom. e eu sou eu.
"e eu sou eu" como te entendo! aproveita cada segundo de cada dia. boa semana
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