sento-me na pedra dos lírios escorre-me a chuva fria que cai no écrã e o tempo corre em pinceladas de chumbo (frenéticas gazelas as estações que me apressam o passo sem destino)
deito-me na terra dos lírios e adormeço na cama das pétalas mortas que me servem de berço e de leito último quando as pálpebras pesadas se fecham ao sopro suave do espanta-espíritos que retiro de dentro do manto flamejante da insónia com gestos leves de ilusionista adiado p'la neblina
cinco estações
ResponderEliminarsento-me na pedra dos lírios
escorre-me a chuva fria que cai no écrã
e o tempo corre em pinceladas de chumbo
(frenéticas gazelas as estações
que me apressam o passo sem destino)
deito-me na terra dos lírios
e adormeço na cama das pétalas mortas
que me servem de berço e de leito último
quando as pálpebras pesadas se fecham
ao sopro suave do espanta-espíritos
que retiro de dentro do manto flamejante da insónia
com gestos leves de ilusionista adiado
p'la neblina
jorge casimiro