12.3.06

















"ah, todo o cais é uma saudade de pedra
e quando o navio larga o cais
e se repara de repente que se abriu um buraco
entre o cais e o navio,
vem-me não sei porquê
uma angústia recente,
uma névoa de sentimentos de tristeza
que brilha ao sol das minhas angústias relvadas.
como a primeira janela ondea madrugada bate,
e me envolve como uma recordação dessa outra pessoa
que fosse misteriosamente minha"

álvaro de campos, ode marítima

2 comentários:

  1. Anónimo13:10

    posso dizer com alguma certeza que hoje estarias a vestir cor de laranja. mano

    ResponderEliminar
  2. j. o que tu disseste foi muito (muito) bonito

    ResponderEliminar